terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Quero falar hoje de amor, sei lá.. Amor diferente desse amor clichê, desse amor de cinema. Quero falar de amor existencial. Quem você ama? Nem os maiores poetas da humanidade, nem os filmes, nem as palavras são capazes de explicar tamanho sentimento. Até aqui, tudo bem. Nada de novo. Tudo o que todo mundo sempre diz, amor não se explica e fim. Mas o que é que se explica nessa vida? As palavras descrevem tudo o que é concreto. Tudo o que é passível de ser tocado. E o que não é? (..) Curitiba. Dezembro. O vidro embaçado mostrava claramente o outro lado da vida. Alguns metros de distância. E o semáforo fechou. Era quente o olhar, apesar do vazio de qualquer tipo de aquecimento. Eu amei. Amei com vontade de sufocar a hipocrisia dos homens e igualar os seres humanos. Os lábios arrochados, a vontade de ter algo.. Por mais mesquinho que fosse, qualquer teto, qualquer socorro. Eu li, E reli. Deus do céu, vinde aos pequeninos. Vinde aos que tem fome e frio e Tú os recompensará. As imagens se restituem na minha memória, essa minha mania de observar os seres humanos, imaginar suas dores, suas alegrias. Tudo isto me faz mais sensível as críticas do mundo, pondera meus atos.. Mania de ver por trás da expressão física, do traços faciais.. Porque o essencial, é invisível aos olhos.

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